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Notícias dos Vestibulares e Enem

Especialista comenta o tema da Redação do Enem 2019

Neste ano, prova teve como tema da redação “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”

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Enem 2019 - Exame Nacional do Ensino Médio

O professor Adriano Chan, um dos maiores especialistas em redação para vestibulares e que está à frente do Laboratório de Redação, comenta sobre o tema escolhido para o Enem 2019, “Democratização do acesso ao cinema no Brasil”.

“Dentre os desafios que o candidato poderia trazer, estão o número restrito de salas de exibição em municípios menos populosos e o preço médio dos ingressos, que ainda é inacessível a classes menos favorecidas. Para desenvolver os argumentos, era possível falar da indústria cultural, conceito de Adorno e de Horkheimer , que prega como até as obras de arte passam a ser feitas em série para atender a demanda de consumo numa lógica de mercado, excluindo os menos favorecidos”, afirma o professor.

Ele ressalta ainda que “paradoxalmente, essa lógica desfavorece uma grande parcela do mercado consumidor pois preza apenas os frequentadores de cinema mais endinheirados. Nesse sentido, era importante que quaisquer informações que fossem usadas na argumentação (como filósofos, alusão a séries, a filmes ou dados estatísticos) estivessem articuladas com a falta de acesso ao cinema. É esperado que apareçam referências ao filme Cinema Paradiso, por exemplo”.

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Segundo Adriano Chan, na proposta de intervenção, o candidato deveria apresentar:

· um agente (que poderia ser o Superministério da Cidadania, que engloba o Ministério da Cultura);

· uma ação ( que poderia ser a ampliação de políticas de incentivo ao cinema);

· a finalidade (que é o resgate de algum dos dois desafios que o candidato trouxe na sua introdução e que deveriam ser desenvolvidos na argumentação);

· o meio para atingir os objetivos da intervenção proposta (por meio de projetos de lei, decretos, por exemplo) e

· o detalhamento de como essa ação ou esse meio deveria ocorrer.

Mudanças na grade de correção do Enem

Neste ano, as competências 1 e 4 foram focos no treinamento da banca corretora. “A grande novidade é que – teoricamente – ficou mais fácil tirar nota máxima no critério que avalia o uso normativo da língua (competência 1). Agora, é preciso, além de três erros com o mesmo desvio gramatical, pelo menos um erro sintático, como períodos incompletos”, explica Adriano Chan.

Já no quesito da coesão (competência 4), a ordem é que a correção seja quantitativa e qualitativa. O professor explica que “não basta usar conectivos. No treinamento deste ano, a banca foi instruída a observar se os candidatos estão usando de forma correta tais recursos coesivos e se eles não estão se prendendo a fórmulas”.

Por fim, Adriano Chan ressalta que “é preciso dizer que a maioria dos corretores expressamente afirma o receio em dar nota máxima no critério de uso normativo da língua por simples medo de discrepância entre as notas dadas por dois corretores, o que gera uma terceira correção. É um absurdo que, numa prova com 4 milhões de inscritos, apenas 55 tenham conseguido nota máxima. Isso mostra uma imperfeição na aplicação da grade”.

Laboratório de Redação – No Laboratório de Redação os alunos têm à disposição um curso livre, especializado em ensinar aos vestibulandos técnicas de redação por meio de um método inovador, que vai na contramão dos conceitos tradicionais ensinados nos cursinhos. Como método de ensino, o professor Adriano Chan utiliza a Linguística Cognitiva, cujo foco está em organizar o pensamento criativo do aluno, indo no sentido contrário ao que os professores – sobretudo de cursinhos – costumam ensinar, chamado de estruturalista, com fórmulas que engessam a criação: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Resultados – Adriano Chan e seu Laboratório de Redação possuem números que os credenciam como um dos principais nomes do país. Em 2016, dos seus então 400 alunos (só na cidade de São Paulo), cerca de 82% foram aprovados em universidades públicas brasileiras. Este ano, com alunos na região do Vale do Paraíba e Campinas, o laboratório ampliou sua atuação chegando a 1400 vestibulandos.

Especificamente para a redação, os números seguem expressivos: no Enem 2017, 86% dos alunos do Laboratório de Redação obtiveram notas maiores do que 880 e das 66 redações do Enem 2016 que obtiveram notas máximas em todo o Brasil, oito foram de alunos do laboratório. Das 13 notas máximas em redação da Fuvest 2017, oito foram de estudantes do curso. Já nos vestibulares da Vunesp, 28 notas máximas em redação têm como autores candidatos que estudaram no Laboratório de Redação.

Ainda em 2017 os alunos do Laboratório de Redação obtiveram grande desempenho em importantes vestibulares: foram 23 alunos aprovados na Pinheiros USP, 27 na Santa Casa e 12 na Unifesp (incluindo o primeiro colocado), além de 38 notas máximas no vestibular da Unifesp.

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Destaque

Fuvest libera consulta aos locais de prova do Vestibular 2025

A prova será realizada no dia 17 de novembro em cidades da região metropolitana de São Paulo e em cidades do interior e litoral paulista.

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Gabarito Vestibular Fuvest 2023 - Lista de Aprovados USP

Todos os candidatos inscritos no Vestibular 2025 da FUVEST poderão conferir a partir de hoje, às 12h, seus locais de prova designados ao acessar a área do candidato com seus dados de inscrição.

A prova será realizada no dia 17 de novembro em cidades da região metropolitana de São Paulo e em cidades do interior e litoral paulista.

Calendário vestibular Fuvest 2025

  • Divulgação dos locais de prova: 01/11/2024
  • 1ª Fase Fuvest 2025: 17/11/2024
  • 2ª Fase Fuvest 2025: 15/12 e 16/12/2024
  • Provas de competências específicas: entre 09/12/2024 e 09/01/2025, a depender da carreira
  • Divulgação do resultado da Fuvest 2025: 24/01/2025

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Destaque

8 filmes para ampliar repertório e ajudar no Enem

Professores indicam obras cinematográficas que auxiliam na preparação para a prova; confira em quais streamings assistir

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O uso de filmes como repertório para a redação do Enem tem se tornado uma prática cada vez mais valorizada por educadores, pois oferece aos estudantes a chance de enriquecer os argumentos e ampliar a visão crítica sobre temas atuais. “Os filmes são excelentes ferramentas para conectar o conteúdo teórico à realidade, facilitando a elaboração de uma redação mais rica e contextualizada”, avalia Candice Almeida, professora de Redação do Colégio Positivo e assessora pedagógica de Redação no Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPP) da Rede de Colégios Positivo. Ela também destaca que o Enem frequentemente utiliza filmes como referência nas provas, tanto para a interpretação de textos quanto para a análise de temas relevantes.

De acordo com o professor e assessor de Geografia do Ensino Médio do Colégio Positivo, Eduardo Berkenbrock Lopes, os filmes ajudam os estudantes a estabelecer conexões entre o conteúdo aprendido em sala de aula e as situações retratadas no cinema, enriquecendo o repertório e a compreensão dos temas. No entanto, ele ressalta que é essencial que a seleção seja criteriosa, já que as representações artísticas nem sempre são fiéis à realidade científica. “Fazer anotações sobre essas obras pode ser muito útil para organizar o pensamento crítico e aplicar esses recursos de maneira mais eficaz nas respostas do Enem”, sugere o professor.

Alguns filmes já foram mencionados diretamente nas provas do Enem, exigindo que os candidatos analisassem trechos, resenhas ou críticas. Os professores citam como exemplo o documentário “Lixo Extraordinário”, que foi tema de uma questão sobre a importância do trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz, no maior aterro sanitário da América Latina. O filme “Frida” apareceu em uma questão de inglês que pedia a interpretação de uma crítica. Já a obra cinematográfica “Homem do Futuro” foi utilizada em questões de gramática, demonstrando como o Enem integra narrativas em seus enunciados.

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Filmes recomendados para a preparação no Enem

Candice e Eduardo sugerem uma lista de filmes que podem ser extremamente úteis para quem está se preparando para o Enem, oferecendo não apenas um bom repertório cultural, mas também uma base sólida para discutir temas sociais, éticos e históricos:

  1. Oppenheimer (2023) — Eduardo destaca que o filme vencedor do Oscar de 2024 aborda questões éticas e morais sobre o uso da ciência e da tecnologia. A narrativa, situada durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, levanta debates sobre a neutralidade científica e os dilemas enfrentados pelo físico Robert Oppenheimer, líder do Projeto Manhattan. Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV e Google Play Filmes
  2. Resistência (2023) — Esta ficção científica explora a relação entre humanos e inteligências artificiais em um futuro distópico, abordando questões éticas sobre a desumanização da tecnologia e os riscos de uma sociedade hipercontrolada. Eduardo sugere que o filme é uma excelente escolha para discussões sobre o impacto da inteligência artificial e os desafios que ela representa para a autonomia humana. Onde assistir: Disney+
  3. Guerra Civil (2024) — Ambientado em uma sociedade distópica, o filme faz uma crítica à polarização política e social, expondo as consequências da fragmentação e do discurso de ódio na sociedade contemporânea. Eduardo destaca que é uma obra relevante para reflexões sobre desinformação, manipulação de informações e autoritarismo. Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV, Google Play Filmes e YouTube
  4. Que Horas Ela Volta? (2015) — Segundo Candice, este filme brasileiro é uma excelente escolha para abordar temas como desigualdade socioeconômica e hierarquias sociais no Brasil. A história de Val, uma empregada doméstica, evidencia as barreiras sociais e o paternalismo nas relações entre patrões e empregados, além de levantar questões sobre o acesso à educação. Onde assistir: Netflix
  5. Marighella (2019) — O filme narra a história do guerrilheiro Carlos Marighella durante a ditadura militar no Brasil, abordando temas como resistência política, repressão e censura. Eduardo sugere que a obra é uma ótima escolha para discutir a luta pela liberdade e os desafios enfrentados pela democracia. Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV, Globoplay, Google Play Filmes e YouTube
  6. M8 — Quando a Morte Socorre a Vida (2020) — Drama que aborda o racismo estrutural e a desigualdade social, narrando a trajetória de um jovem negro que ingressa na faculdade de Medicina. Eduardo destaca que o filme é relevante para discutir a vivência de ser negro em espaços elitizados e o impacto das políticas de cotas no Brasil. Onde assistir: Netflix
  7. Invictus (2009) — Narra a história da África do Sul no período pós-apartheid, destacando como Nelson Mandela utilizou o rugby como uma ferramenta para promover a reconciliação entre brancos e negros. Eduardo ressalta que a obra inspiradora para tratar de temas como igualdade racial e a importância da liderança em processos de transformação social. Onde assistir: Amazon Prime, Apple TV, Google Play Filmes e Max
  8. Cidade de Deus (2002) — Eduardo aponta que este clássico do cinema nacional oferece um retrato fiel da vida nas favelas do Rio de Janeiro, abordando temas como marginalização, violência e desigualdade social. O filme é uma referência importante para discutir a ausência do Estado e os desafios enfrentados pelas comunidades periféricas. Onde assistir: Amazon Prime, Globoplay, Google Play Filmes, Max e Netflix

Análise crítica e contextualização

Para Candice Almeida, utilizar filmes de forma produtiva na redação do Enem significa ir além do simples resumo do enredo. “O repertório precisa ser relevante e produtivo, ou seja, estar diretamente relacionado à tese defendida no texto”, explica a professora. Eduardo Lopes reforça que os filmes são uma maneira eficaz de ilustrar argumentos, mas que é necessário integrá-los ao contexto teórico e científico de forma crítica, sem depender exclusivamente deles para um bom resultado. “Embora filmes, séries, músicas e obras de arte sejam recursos valiosos para ampliar o repertório sociocultural, é essencial lembrar que eles não substituem o estudo teórico das disciplinas aplicáveis nos vestibulares e no Enem”, conclui.

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Notícias dos Vestibulares e Enem

Uesb lança vídeos com análises dos livros cobrados no Vestibular 2025

O primeiro episódio traz o comentário de Adriana Abreu, professora da Uesb, para o livro “Não vou mais lavar os pratos”, de Cristiane Sobral.

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Vestibular Uesb - vagas sisu

Além das questões trabalhadas em disciplinas do Ensino Médio, o Vestibular da Uesb inclui obras literárias específicas entre os conteúdos que farão parte das provas. A iniciativa visa estimular a leitura e abrir o universo de conhecimentos históricos, sociais e culturais por meio da Literatura. Neste ano, três livros foram escolhidos: “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior; “Laços de Família”, de Clarice Lispector; e “Não vou mais lavar os pratos”, de Cristiane Sobral.

Para auxiliar os estudantes a dialogarem sobre essas obras, a Assessoria de Comunicação, em parceria com a TV Uesb, lançou a série de vídeos “X da Questão”. Em cada episódio, uma professora aborda pontos importantes dos livros cobrados, como a estrutura, a linguagem, as temáticas presentes e, claro, dicas para que o vestibulando tenha um olhar especial para essas narrativas.

primeiro episódio traz o comentário de Adriana Abreu, professora da Uesb, para o livro “Não vou mais lavar os pratos”, de Cristiane Sobral. O segundo episódio recebe a escritora e pedagoga Fabiana Moura, que faz uma análise sobre “Laços de Família”, de Clarice Lispector. O último episódio da série é com Maryllu Caixeta, pós-doutoranda na Uesb, que reflete sobre o livro “Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior.

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Todos os episódios estão disponíveis no canal da Uesb no YouTube e no site do Vestibular.

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