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Índice de abstenção no primeiro dia do Enem cai para 26,6%
Balanço preliminar do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostra que caiu de 28,1%, em 2023, para 26,6%, em 2024
Balanço preliminar do primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostra que caiu de 28,1%, em 2023, para 26,6%, em 2024, o percentual de candidatos inscritos que não se apresentaram para fazer as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação dissertativa-argumentativa. A informação foi divulgada na noite deste domingo (3) pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
O MEC também registrou que, em 2024, 94% dos estudantes que estão concluindo o ensino médio em escolas públicas este ano se inscreveram no Enem. O percentual em 2023 foi de 58%. Em 14 estados, o índice chegou a 100%. Na Região Nordeste, o único estado que não atingiu essa proporção foi o Maranhão (83%).
“A gente considera que foi um salto importante, um esforço que o ministério tem feito para estimular que o aluno se inscreva no Enem. Até antes de 2023, sempre havia uma queda, um declínio no número de inscritos, e agora nós estamos retomando o crescimento, são quase 1 milhão [de candidatos] a mais”, comparou Camilo Santana.
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As provas e a redação foram aplicadas em 1.753 municípios, 10.776 locais de prova, e quase 150 mil salas. De acordo com o ministro, 90% dos candidatos inscritos foram alocados em até 10 quilômetros das suas residências. “Isso foi um passo importante este ano”, disse o ministro que afirmou que “todas as ações este ano foram cumpridas no horário da entrega das provas” e que houve aprimoramento dos protocolos de segurança.
Quase 5 mil candidatos (4.999) foram eliminados por deixarem o local da prova levando o caderno de questões antes dos 30 minutos finais de aplicação; por portar equipamento eletrônico; por se ausentar antes do horário permitido; por utilizar impressos; ou por não atender orientações dos fiscais.
O primeiro dia do Enem também registrou 689 ocorrências e problemas logísticos como emergências médicas; interrupções temporárias de energia elétrica e problemas de abastecimento de água. “O participante que foi afetado com alguma ocorrência de problema logístico pode requisitar realizar a nova prova”, assegurou Camilo Santana. O candidato deve fazer a solicitação de reaplicação na página do Enem, no período de 11 a 15 de novembro.
Fonte: Agência Brasil
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Vestibular Mackenzie 2025.1 recebe inscrições até 18 de novembro
A prova está marcada para os dias 27 e 28 de novembro, de acordo com o curso escolhido.
O sonho de se tornar Mackenzista está cada vez mais perto. A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), que foi eleita a Melhor Universidade Privada de São Paulo, de acordo com a Folha de S.Paulo, abriu as inscrições para o Vestibular 2025.1. O período para se inscrever no vestibular vai até o dia 18 de novembro.
Vestibular Mackenzie 2025.1
Em casos de dúvidas, o edital já está disponível para consulta. Nele é possível obter informações sobre quais cursos cada campi oferece, quantas vagas são ofertadas por curso, qual o modelo da prova, documentos necessários para a realização da prova, entre outros.
A prova está marcada para os dias 27 e 28 de novembro, de acordo com o curso escolhido. O Mackenzie também aceita a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) dos últimos três anos (2021,2022 e 2023).
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Gabarito extraoficial e Correção – Enem 2024 – 1º Dia
Terminou a aplicação do 1º dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024.
Terminou a aplicação do 1º dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. Os candidatos poderão acompanhar a correção feita pelos professores do Curso Objetivo e conferir o gabarito extraoficial ainda hoje.
Redação
Na redação do Enem 2024, os participantes tiveram que dissertar sobre os “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”.
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Professores analisam tema da redação do Enem 2024
Professores elogiam escolha do tema, sugerem abordagens, propostas de intervenção e apontam possíveis dificuldades
O domingo seguinte ao feriado de Finados foi marcado pelo primeiro dia do Enem 2024, previsto para receber mais de 4,3 milhões de estudantes em todo o Brasil para as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação.
Com o tema “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, a redação trouxe uma discussão urgente e complexa, segundo o doutor em Educação Histórica e professor no Curso e Colégio Positivo, Daniel Medeiros. “O tema da redação envolve uma discussão mais ampla, que é o da construção da identidade nacional que, no caso do Brasil, implica o problema da luta contra o racismo”, afirma.
Medeiros cita dois autores e dois argumentos para o tema. Primeiro, a questão do apagamento histórico e cultural – que, segundo ele, está entre os maiores desafios para a valorização da herança africana no Brasil. “Ele se manifesta principalmente na forma como a história do país é ensinada nas escolas, como afirma a historiadora Lilia Schwarcz, uma autora reconhecida nacionalmente por seus estudos sobre o racismo. Ela explica que a história do Brasil é contada sobre a perspectiva dos vencedores, que oculta a contribuição dos povos africanos na formação da nossa identidade – exceto por aqueles estereótipos, como a dança, a música e a gastronomia. E que esses estereótipos, inclusive, contribuem para perpetuar os preconceitos”, relata o educador.
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Para ele, outra questão importante que poderia ser abordada como argumento é o racismo institucionalizado como obstáculo à valorização da herança africana. “As desigualdades, que são evidentes e se manifestam em diversas áreas, como por exemplo no trabalho, principalmente na ocupação de cargos de destaque”, lembra o professor. Em abril de 2024, um estudo realizado pela Indique uma Preta, consultoria especializada em Diversidade & Inclusão, e a Cloo, empresa de investigação e consultoria comportamental, revelou que apenas 8% dos autodeclarados pretos e pardos ocupam cargos de liderança no ambiente em que trabalham.
A maioria da população brasileira é formada por pessoas negras: 56%, segundo dados atualizados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Brasil é o país com a maior população negra fora da África em números absolutos. No entanto, essa população está sub-representada em todos os âmbitos da vida social. Isso acontece porque, embora haja igualdade jurídica, há mecanismos informais de discriminação que filtram o seu acesso a oportunidades, qualificação e esferas de decisão. “Tudo isso é fruto de um longo processo histórico de discriminação – e eu citaria aqui Gilberto Freyre, um nome importante da sociologia, que diz que a miscigenação brasileira não eliminou o racismo, só o tornou mais sutil”, pontua Medeiros.
Outra característica importante da prova do Enem é a proposta de intervenção. Para Medeiros, uma sugestão interessante seria a implementação do estudo da história e cultura afro-brasileira de maneira crítica e aprofundada nas escolas brasileiras, algo que já é obrigatório no país, mas não é cumprido. “Não para reforçar os estereótipos e preconceitos, mas para combatê-los”, enfatiza.
Não surpreendeu
De acordo com a professora de Redação do Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR), Kayanna Pinter, o tema da redação deste ano é extremamente importante e que, constantemente, deve ser revisitado, pois faz parte de uma herança nacional que ainda hoje constrói a visão de mundo do brasileiro. “Além disso, um tema do qual os jovens precisam ter conhecimento para não repetir erros do passado. Em cada argumento, em cada proposta de intervenção, a partir do tema dado pela redação, é possível uma reflexão que leva à mudança social”, destaca.
Segundo ela, em termos de estrutura do tema, de palavras distratoras e de recorte, pode ser considerado um tema semelhante a outros já cobrados em outros anos. “Não diferente do que já esperávamos e trabalhamos durante todo o ano”, afirma.
Para a professora de Redação do Colégio Positivo e assessora pedagógica de Redação no Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento (CIPP) da Rede de Colégios Positivo, Candice Almeida, o debate vai ajudar a refletir sobre a importância de reconhecer a contribuição africana, de valorizar essa contribuição, na formação da identidade cultural do Brasil. “É um tema que está alinhado ao debate atual de diversidade cultural, de combate ao racismo. Tem até uma lei de 2003 que determina a inclusão da história e da cultura afro-brasileira no currículo escolar”, aponta.
Como repertório, Candice indica que os candidatos poderiam trazer, por exemplo, Castro Alves, em O Navio Negreiro; e Carolina Maria de Jesus, em O Quarto de Despejo. “Inclusive, muitas bancas usam o livro dela como leitura obrigatória”, adiciona. Segundo ela, os candidatos poderiam trazer algumas legislações também: “a própria lei que obriga a estudar a cultura afro-brasileira nas escolas, a lei de igualdade racial, a lei de condenação ao racismo, sempre lembrando que se deve falar das contribuições e dos desafios para essas contribuições”, pontua.
Dificuldades
Para Candice, a maior dificuldade na prova de Redação com o tema proposto, pode ter sido o repertório. “Apesar de já termos uma legislação que obrigue o estudo da cultura africana nas escolas, muitos estudantes ainda têm pouco contato com esse conteúdo. Talvez com um ou outro tópico mais geral, mas pode ser que eles tenham mais dificuldade de trazer embasamento. “O difícil será falar exatamente dessa contribuição, da herança. Talvez eles possam tangenciar indo só por uma questão de preconceito”, expõe.
Discussão em sala de aula
O Brasil passou recentemente por grandes discussões sobre preconceito e racismo nas escolas e, segundo Candice, a abordagem desse tema na prova de Redação do Enem, como sempre, deve gerar grandes debates em sala de aula. “Isso contribui positivamente para o combate ao racismo estrutural no Brasil”, afirma.
O que vem pela frente
Como nas edições anteriores, o Enem apresentou quatro provas diferentes: azul, branca, rosa e amarela, com as mesmas questões, mas dispostas de forma diferente para evitar fraudes. O segundo dia de exames está marcado para o próximo domingo, 10 de novembro. Os candidatos terão que responder a 45 questões de matemática e 45 questões de ciências da natureza.
O gabarito oficial será divulgado no dia 20 de novembro no portal do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira). Os resultados finais serão divulgados no dia 13 de janeiro de 2025 na página do participante, mediante acesso individual. Na mesma página, o estudante pode ter acesso, 60 dias depois da divulgação dos resultados, à sua prova de redação.